18 de jul. de 2007

Parem de bater no ceguinho

Uma das grandes questões que eu constantemente ponho a mim mesmo é:

“Será que um dia conseguiremos ultrapassar todas as questões do passado e que ficaram pendentes?”

Quando tirei o curso de treinador de Nível 1, um dos prelectores dizia que só conseguiríamos evoluir como modalidade, no dia que nos respeitássemos mutuamente (instrutores, praticantes, dirigentes, etc.).

Confesso que quando estamos do outro lado da linha, consideramos o nosso lado, o verdadeiro e puro. A maior parte de nós tem a tendência a falar de uma forma mais negativa do outro lado, mesmo que anteriormente tenhamos estado do lado de lá.

Isto faz parte da nossa tradição, não marcial mas Tuga.

Uma das grandes questões que se põe no Karate é sem duvida a linhagem, mas porquê bater sempre no ceguinho?

Eu costumo dizer que a verdade tem sempre dois lados, a de um e a do outro.

Por exemplo, … e titulo de ficção, … a sério, “suponhamos…”

Existe um gajo famoso, que diz que é aluno do outro, que se afirma antigo aluno de…
Agora existe outro que diz que os outros eram alunos dele, e que o outro não era aluno daquele e que o outro (um 4º) tinha sido expulso porque tinha dado umas “bocas” ao outro.

Confuso? Se olharmos à nossa volta vemos que existe sempre uma telenovela parecida com esta num canal Mexicano ou numa qualquer associação do português Karate.

Moral da história e como diria o RAP a imitar o Dr. MRS:

O mestre A é bom?
Sim
Pode fazer aquilo?
Não
As pessoas seguem-no?
Sim
É importante se ele foi aluno de ?
Não

Bem, eu não sou ninguém para julgar o que quer que seja, e ainda por cima não tenho moral para falar, pois estou sempre a falar mal de alguém. O mau feitio que o diga, o careca que me ature e o ancião que tenha que levar comigo no MSN.

No entanto tenho apenas isto para dizer:

Parem de bater no ceguinho, vamos ultrapassar as divergências passadas, vamos olhar para o futuro, só assim é que podemos evoluir como praticantes e acima de tudo, como pessoas.

Bem agora falando de coisas sérias. Este fim-de-semana lá fui à Invicta para mais um treino de Kyusho e mais uma vez trabalhamos bem e sempre no caminho correcto da nossa evolução como artistas marciais e acima de tudo como seres humanos.

Foi uma boa oportunidade para demonstrar que, apesar das nossas capacidades técnicas, existem sempre formas misteriosas de arredarmos alguém do nosso caminho e que por muito confiantes que possamos caminhar, existem formas enigmáticas de bloquear as passadas firmes deste nosso caminho Marcial.

Mais dia, menos dia formo uma igreja.

Muito dinamismo nas técnicas e nos pontos e “novos” exercícios. Ainda deu para demonstrar a técnica do pica-pau. Brutal.

Para o próximo fim-de-semana vai ser em Massamá.

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