23 de set. de 2007

“Waza” e “Jutsu”

No momento em que estou a escrever esta folha, existem lá fora 6 elementos da AKDK a lutar pela vida.

Daniel Costa, Hugo Leote, Joana Perdiz, Nuno Santos, Ricardo Baúto e Tiago Branco.

Estão a representar a grei Lusitana de Goju Ryu nos Campeonatos da Europa de Goju.
Os meus votos de boa sorte.

Esta semana debrucei-me sobre duas palavras: “Waza” e “Jutsu”.

Waza, significa Técnica.
Jutsu, significa Arte.

Uma das coisas que mais me fascina é sem duvida o treino de Kata. Numa das minhas últimas viagens por terras Germânicas (Alemanha - podiam não saber), falava com um instrutor na relação Kata/Bunkai.

Partimos do pressuposto que no final do séc. XIX quem praticava artes marciais eram as pessoas que sentiam uma necessidade de se protegerem.

Não acredito que essas mesmas pessoas perdessem muito tempo a treinar “sombra” (leia-se Kata).

No passado aprendiam-se apenas 1 ou 2 Katas. Imagino a quantidade de informação que se passava em relação a apenas um movimento, a quantidade de interpretações que esse mesmo movimento poderia ter.

Num livro muito antigo (talvez o meu primeiro livro de artes marciais) dizia que é o conjunto de Wazas que faz o Jutsu.

Num livro histórico, Choki Motobu define cada Kata como um Ryu (escola/estilo). Ele tornou-se conhecido pela sua eficácia em combate, adoptando apenas a interpretação dos movimentos da Naihanchi, (Careca, eu disse interpretação e não Bunkai). Ele definiu a escola Naihanchi (Naihanchi Ryu) como um estilo(?).

Será que ao definir um estilo/uma Kata não estaria a restringir um conjunto de Wazas, num Jutsu específico?

Watashi No Karate Jutsu- A minha arte de mãos nuas.

Esta vida é tão difícil, é só dúvidas, muitas delas nunca terão resposta, pois todas elas ficaram com os seus mentores.

Seria tão fácil seguir apenas o rebanho… mas não, existe sempre um inventor, uma ovelha ranhosa. (Je).

Falando de coisas menos sérias:
Esta semana conheci uma miúda na “net”. Modéstia à parte, ficou deslumbrada com o logo do meu MSG e com o devido respeito fiz-lhe uma proposta (decente) será que ela aceita?

17 de set. de 2007

Esforçado? Sim, talvez, de vez em quando.

Bem, nem sei por onde começar.

Este fim-de-semana foi mais um “Kyusho week-end” e mais uma vez compareceu uma série de pessoal esforçado, dedicado e acima de tudo ávido por aprender/descobrir.

Quanto mais me envolvo neste projecto, mais vontade me dá de aprender para poder partilhar. Apesar de ser o LIDER deste grupo, sinto que cada vez que estou com eles aprendo mais.

Não me considero um super dotado. Esforçado? Sim, talvez, de vez em quando.

Acima de tudo, acredito que se poderá fazer um trabalho sério de Kyusho (pronto, já sei, quando se fala de Kyusho muita gente põe sérias dúvidas sobre a sua seriedade) a prova disso é a máxima da Kyusho International, “Se não ficar contente, devolvemos-lhe o dinheiro”.

O meu muito obrigado pela presença de todos nos encontros, muito obrigado àquele que me aturou depois do treino, e me deu mais uma explicação para o Shiko Dachi.

Fiquei muito inspirado com os dois Kempokas que apareceram, se lerem isto, peço imensas desculpas, mas vou ter de retirar umas ideias daquelas que me mostraram, para inclui-las no meu trabalho.

Por falar em acreditar:

Hoje andava pelos meus Blog`s preferidos (e inspiratórios) e num deles vem uma chamada de atenção à classificação dos Blog`s de Karate da Google.

Adivinhem em que lugar está aqui o amigo?

Ver resultado aqui ( Karate Blog ).

Pois é, 3º amigos, 3º, apesar de ter deixado de postar à já algum tempo naquele endereço, ele continua a ser uma referencia na Google, 3º (Sorry, é o maldito entusiasmo... ...3º...)

Apesar de acreditar que poderia fazer um trabalho sério (fora as vezes que falo mal de algumas pessoas/situações) nunca pensei que poderia ter o meu blog exposto desta maneira (pronto é mentira, eu sabia, não queria era dizer ao pessoal).

Sempre que alguém me diz:

Tenho lido o teu Blog, continua a escrever.
Ás vezes vejo o teu Blog, está “girinho”.
Esta semana ainda não postaste.

Isso dá-me animo, confiança e acima de tudo inspira-me para continuar com este trabalho e desenvolver os projectos que tenho em mente. Não necessito de protagonismo, sou apenas ambicioso nos projectos em que me envolvo e neste caso estou desejoso de deixar uma marca positiva nas artes marciais em Portugal.

Obrigado a todos.

11 de set. de 2007

Cresçam

A vida é assim, diariamente somos sujeitos a pequenas batalhas. O conjunto destas dá resultado à guerra a que somos sujeitos durante a nossa vida.

Não sou profissional de Karate, por conseguinte não vivo na ilusão de um dia ter 500 alunos. Se algum dia conseguir ter 100 alunos a praticar comigo, já me posso dar como… realizado.

Esta semana falava com um amigo e partilhava a ideia que vivemos num país de gente pequena sem grandes ambições.

Uma realidade: o nível técnico em Portugal é dos mais elevados a nível Mundial.

Quando de um certo seminário sobre Kata, o meu amigo Jorge Rosa dizia:

“Nesta mesa existe mais conhecimento técnico, do que numa mesa cheio de 7º Dans em França”.

Apesar da afirmação parecer ser do mais presunçoso possível, o seu criador não deixa de ter muita razão.

Quantos instrutores Portugueses conhecem que andam pela Europa fora a dar estágios de Karate?

Porque é que cada vez que ouvimos que aquele Instrutor que foi dar aquele estágio, também ouvimos que não é bem assim tão bom e que não é assim tão conhecedor do estilo que pratica?

Porque é que existe a tendência a analisar o conhecimento em função da merca capacidade de execução?

Tudo isto são perguntas para as quais no fundo do nosso ser temos resposta.

Somos pequenos e queremos que tudo o que nos rodeia também o seja.

Valorizem-se amigos, valorizem-se.

Apostem na vossa formação pessoal e profissional.

Apostem no vosso relacionamento interpessoal.

Só assim poderão crescer.

2 de set. de 2007

Make your influence positive

Finalmente, depois de umas férias bem merecidas lá vamos voltar a mais uma época. Este ano posso dizer que tive férias de Karate, nã fiz nadinha… apenas parasitismo total.

Bem, vamos lá falar de coisas sérias.

Mais uma época, mais um ano de desafios, internos e externos. Uma das grandes preocupações que todos os agentes de ensino devem ter, (lindo, agentes de ensino, mais dia menos dia vou ter de fazer o curso de treinador de nivel-2) é liderar pelo exemplo. Apesar de não ter treinado nada nestas férias, aproveitei para ler alguma literatura complementar ás artes marciais e cheguei a uma conclusão.

O problema do Karate nacional é mesmo social (felizmente existem excepções e não são poucas), decididamente a necessidade de modificar a postura do praticante (instrutor/aluno) perante a sociedade urge.

Quando todos discutem a necessidade de tornar o Karate mais visível perante a sociedade, será que alguém se lembra de salientar o aspecto social que o Karate transporta nas suas costas há décadas?
Respeito pelos outros, sinceridade, atitude correcta…
Claro que todos sabemos isto e quando um aluno entra no Dojo sabemos vender isto de uma forma espectacular, no entanto será que o praticamos diariamente?
Será que procuramos melhorar a nossa postura?

Tudo isto são questões que devemos colocar a nós próprios.

Um mestre de Kempo utilizava uma expressão interessante, que o meu amigo Ricardo Gama gosta muito de utilizar…
“Monkey see, monkey do.”

Andava a navegar pela “net” e encontrei este vídeo.
Apesar de o vídeo abordar a relação entre pais e filhos, creio que poderemos aplicar este exemplo à relação Mestre/Aluno.

PS. Este espaço vai sofrer em breve umas alterações enormes, não percam!
Espero poder ajudar a comunidade marcial a dar um passo em frente e a poder dizer que entrámos no séc. XXI.

Um bom inicio de época.

VI Helsinki Karate Open

No dia 19 de agosto fui ao “VI Helsinki Karate Open”, evento organizado pelo clube Seitokai e com o apoio da Federação Finlandesa. Segundo...