29 de nov. de 2011

Graduações - 2

Neste momento, existem diversos métodos de ensino lúdico de Karate, mas … não nos devemos esquecer daquilo que praticamos (Goju, Shito, Shoto, Wado, etc … ).


É cada vez mais comum ouvir falar do 5º estilo, as pessoas que falam do 5º estilo falam do quê?


Shorin-ryu, ueshi-ryu, Sohei-ryu, Kyokushinkai, kyokushinkan, isshin Ryu… se calhar não sabem do que falam, se calhar não sabem nem querem saber da diferença cultural que existe no Karate.


O que nos diferencia é o que nos une.


Um dos “issues” que eu vejo neste momento, tem a ver com as graduações. Cada vez mais aumenta o grupo de treinadores que valorizam cada vez mais a vertente competitiva, deixando para mais tarde a “outra” vertente (podemos chamar tradicional).


Não acho mal, é uma questão de opção. Agora a questão que se coloca é a seguinte…


Onde se vão enquadrar os alunos e as diversas graduações?


É obvio que a progressão e o reconhecimento dos resultados obtidos sejam devidamente compensados, no entanto será prudente ou mesmo justo, reconhecer e certificar/graduar ambos os praticantes da mesma forma?


O que é que os vai distinguir?


Um praticante que se dedica exclusivamente ao Kumite WKF, deverá receber o mesmo reconhecimento do praticante que se dedica à Kata WKF?


A valorização técnica será a mesma???


Um praticante que se dedique à prática WKF deverá ser recompensado da mesma forma que um praticante que se dedica à tal “outra” prática?


Como os “issues” devem ser combatidos e prevenidos no inicio, esta matéria leva-nos a uma outra questão…


Será prudente adaptar o curriculum técnico infantil à realidade de hoje?


Será que aqueles que “dividiram” os cintos e consequentemente o curriculum em dois estavam correctos?


Em relação à última questão, acho que não.


A realidade de hoje é diferente da de ontem, temos mais crianças a treinar Karate (daquelas que têm entre 5 e 10).


Continua ...

25 de nov. de 2011

Graduações - 1

Cá estou eu com dois dias de atraso…

Estou a escassos dias de fazer exames de graduação aos meus alunos.

Como costumo dizer, as graduações não são importantes, mas são importantes.

Um novo cinto significa que o aluno atingiu um determinado objectivo, por isso e é através de um cinto, que o seu desempenho, treino e dedicação é devidamente recompensado.

Recentemente e em conversa com diferentes instrutores, veio inevitavelmente à baila a conversa das graduações…

Vem a caminho uma Assembleia Geral da FNK-P e além dos assuntos que ficaram pendurados, ficam mais assuntos pendurados, tais como homologações de graduações acima de 5º Dan.

Interessante, depois de ponderar e pensar no que foi falado, aqui vai uma pequena dissertação sobre as graduações (espero que seja pequena) …

É inegável que a metodologia de ensino está a mudar.

Hoje em dia é impensável mandar crianças com 10 ou 11 anos fazerem flexões com os punhos fechados ou mesmo ir correr para a rua com uma classe de adolescentes e já nem falo em ir correr descalço para a rua.

Apesar da minha “tenra idade” junto de alguns leitores deste Blog, eu também senti no corpo esse treino.

Inicialmente existiam apenas dois tipos de cintos (é de referir que antes dos cintos nem Gi havia).

O Branco e o Preto.

Em Okinawa ainda existem Dojos (não devem ser muitos) que continuam com esta política… Vais treinando e quando estiveres pronto levas o cinto negro.

Quando comecei a treinar existiam apenas 5 cintos (branco, amarelo, verde, castanho e preto) e depois começaram a implementar os outros cintos.

Passados uns anos implementaram-se as graduações intermédias.

Acredito que em breve surgirão outras inovações em relação aos cintos para crianças, mas isso será outra história ….

Uma das filosofias em relação ao curriculum (falando na área de estilos), seria dividir o mesmo em duas partes, podendo as crianças dessa forma assimilar de melhor forma o programa técnico.

Perante os factos apresentados, a forma de ensinar seria muito mais simplificada.

O problema é que as crianças cada vez são mais jovens (crianças no sentido da palavra) e quer se queira quer não, não têm capacidade cognitiva para absorver tanta informação, para depois a por em prática em termos motores.

Em relação à forma como se ensina as crianças, acredito que existe cada vez mais instrutores/treinadores de Karate conscientes em relação a esta realidade.

Acho… não sei …

Continua ...

20 de nov. de 2011

De volta à “normalidade”!


Cá estou eu de volta à blogoesfera… Mais uma vez.

Bem sei que não tenho dado grande notícias, mas tenho andado a recuperar de algumas semanas verdadeiramente loucas.

Tivemos recentemente em Portugal a presença da “nata” do Kyusho!

Nomes como Evan Pantazi, Jim Corn, Gary Rooks e Mark Kline, preencheram um horário repleto de informação no maior evento da Kyusho International.

Para ajudar tivemos a presença de diversos instrutores de vários pontos da Europa e participantes de diversos continentes.

O saldo do evento foi bastante positivo, tenho recebido excelente feedback em relação a tudo. Fica desde já prometido o regresso de um ou dois instrutores para o próximo ano.

Muitos dos participantes deram-me indicações de terem gostado muito de trabalhar com alguns deles.

Passados 5 dias deste evento, esteve presente em Portugal o Sensei Onaga (9º Dan Goju Ryu), figura incontornável do Karate Goju Ryu na Europa.

A organização deste evento esteve a cargo do Sensei Armando Inocentes e estiveram presentes instrutores de diversas associações. O trabalho incidiu muito sobre técnica base, tentando fazer-se o “transfer” da técnica de base para o trabalho de Kata. Ficou no ar uma nota do Sensei em relação ao número de horas de treino, dizendo que para a próxima teria de se arranjar mais horas de treino.

Quero desde já dar os meus sinceros parabéns ao Sensei Armando pela nova graduação alcançada (5º Dan), já era sem tempo…

Mais de 30 anos de prática, é obra ….

Para finalizar, no fim-de-semana a seguir (este) tivemos treinos de graduados. Com uma simpática moldura de participações de cintos castanhos e negros, demos inicio a mais uma etapa no funcionamento técnico da Kaizen.

Este treino estava inicialmente programado ser da responsabilidade do Sensei José Ramalho.

No entanto e devido a problemas de calendário, o Sensei José Ramalho, teve de se deslocar a Itália para ministrar uma orientação/estágio técnico no território do Sr. Ratzigger…

É assim, os Instrutores da Kaizen sempre na linha da frente! Pode ser que daqui a uns anos possamos ver Sua Santidade o Papa em Karate-Gi

Em relação ao treino de Sábado, prometo que coloco umas considerações técnicas na 3ª Feira, de forma a começar a dar vida a este “Cyber Dojo”.

Até lá ….

Sayonara!!!

VI Helsinki Karate Open

No dia 19 de agosto fui ao “VI Helsinki Karate Open”, evento organizado pelo clube Seitokai e com o apoio da Federação Finlandesa. Segundo...