30 de out. de 2007

É muita giro ver nos outros!”

Mais uma semana…

Depois de uma pequena conversa com o Ricardo Gama, lá chegámos a uma conclusão…o pessoal precisa de treinar precisão.

Se negligenciarmos a precisão, corremos o risco de começar a fazer batatada. Torna-se necessário treinarmos um ponto específico em diversas situações de “stress”.

Repetição é a palavra de ordem!!!
Se não compreendermos o espírito da repetição, nunca nos será possível compreender o objectivo do treino.

No sábado fui ver o torneio da LPK e gostei muito de ver as Katas.
Apesar da maior parte delas ser Shito, deu para ver também algumas de Ishin Ryu.

Reparei em certos pormenores, como por exemplo quando levantam o calcanhar em certos movimentos e depois firmam a posição calcando o chão com o mesmo calcanhar.

Essas “explicações” muita gente não as sabe.
No entanto se alguns já viram a explicação, alguém para os lados da Arruda sentiu-a mesmo no felpo.

Confesso…a culpa foi minha, eu é que insisti para que ele demonstrasse uma sequência da Kata, pelo deixo aqui as minhas sinceras desculpas.

Gostei muito de falar com uma amiga no Sábado e apesar de me ter dado uma banhada no Domingo, quero acreditar que tenha adormecido e não que tenha tido medo de provar o sabor amargo de umas “pilhas”.

E por falar em pilhas, no Domingo realizou-se mais um encontro de Kyusho na zona de Lisboa.

Quero deixar aqui um agradecimento ao Sensei Rui Gouveia por nos ter facultado as instalações do seu Dojo em Belas.

Quero agradecer o empenho que todos demonstraram durante o treino. O que me motiva a treinar/partilhar/pesquisar é a presença de todos e o seu interesse durante os encontros.
O meu muito obrigado ao Sensei José Ramalho pelas simpáticas palavras e observações que fez no seu Blog a meu respeito.

A única forma que tenho de retribuir é ir a Barcelona no próximo fim-de-semana e trazer novas ideias e conhecimentos para poder partilhar com todos os elementos dos grupos Portugueses.

Levo na memória as sábias palavras do Peixoto “É muita giro ver nos outros!”

Faltam 4 dias para o grande encontro de Kyusho, vou tentar postar diariamente as experiências vividas pela comitiva “tuga.

Estes vão ficar na história:

Álvaro Silva
Gustavo Carneiro
João Ramalho
Paulo Oliveira
Ricardo Castro
Ricardo Gama
Sérgio Repas

23 de out. de 2007

Às vezes tentamos estar em todo o lado

Este fim-de-semana o nosso amigo Ricardo Gama deslocou-se a Portugal para orientar um treino Kyusho e para grande infelicidade minha não consegui participar nesse treino, pois tive de ir ao Porto orientar o treino do grupo do Norte.

Numa tentativa de poder frequentar o treino em Alvalade, não pude participar no estágio da Kenkyukai, uma nova associação de Goju liderada pelo Sensei Moreira.


Realmente isto é assim, às vezes tentamos estar em todo o lado e não conseguimos estar em lado algum.

Como me tem faltado um pouco de inspiração, vou ser breve na minha postagem.

Um instrutor de Kyusho esta semana perguntava qual era a melhor combinação para um KO, pois os elementos do grupo que treinam com ele estavam a pedir um.

Não acho mal nenhum as pessoas pedirem e terem a curiosidade de ver/sentir(?) um KO, o problema que vejo é o instrutor tentar provar algo aos outros.

As coisas acontecem naturalmente, tanto na vida como nas artes marciais, quando tentamos provar algo aos demais existe sempre alguma coisa que nos podem apontar. No entanto quando fazemos as coisas para nós não existe nada a apontar, pois só nós é que sabemos o que nos vai dentro do espírito.

No domingo falava com o Ricardo, acerca do trabalho/estratégia a adoptar e a palavra de ordem é precisão, temos de treinar mais precisão, tenho que reformular o esquema de treino para a próxima sessão (dia 28).

No início da semana estive a dar uma vista de olhos nos 10 princípios de Itosu Anko Sensei (um gajito insignificante no Karate) e achei engraçado a visão dele do Karate, uma visão um pouco diferente do Mestre Funakoshi...

Para finalizar, a minha filhota durante a semana passada foi chateada por uns miúdos na escola (coisas de miúdos) e houve um mitra que lhe deu uns pontapés e uns estalos, resultado… chegou ao pé de mim a chorar.

Como bom Pai a minha sugestão foi dizer-lhe como dar uns pontapés nas pernas deles, meia canela, meia força e golo…

Resultado: esta semana só levou uns empurrões dos miúdos.

Eu sei que não é bonito no entanto não quero que a magoem.

Para a semana desenvolvo um pouco mais, estas duas semanas têm sido difíceis…

18 de out. de 2007

Algumas ideias em Bunkai

Esta semana pesquisava umas Bunkais na Net… apesar de já ter falado nisto é sempre interessante voltar a falar.

Existem algumas ideias em relação à interpretação dos movimentos dos katas (Bunkais, se assim lhes podemos chamar)

A primeira é referente à interpretação biomecânica do movimento e nesta teoria, a aplicação segue estritamente o movimento da Kata.

A segunda é referente ao percurso de um Kamae para outro e nesta ideia o que interessa analisar é o movimento intermédio de um Kamae para outro.

A terceira é o Kamae em si, não importando o percurso do movimento técnico, mas sim a forma como se finaliza o movimento.

Apesar de poder parecer um pouco confuso na teoria, na prática é muito simples. Se calhar esta é a explicação do porquê das diferentes execuções técnicas de uma Kata entre linhas diferentes, ou mesmo entre estilos.

Cada vez me convenço mais que Kata é sinónimo de defesa pessoal, não no conceito de base, Ippon Kumite/yakusoku Kumite, mas no seu sentido lato.

Cada vez acredito mais, que o Karate em geral é um sistema de defesa pessoal altamente codificado, com imensos ingredientes à mistura. Uma forte influência das artes marciais Chinesas, com uma forte componente de Te, quiçá com Sumo de Okinawa, que muitas vezes não é compreendida ou mesmo conhecida pelo público em geral.

Uma coisa é certa, as formas que fazemos hoje em dia não são as mesmas que se faziam na China, provavelmente nem nunca foram e se calhar as formas que actualmente fazemos são o resultado de uma pesquisa profunda de grandes génios das artes marciais.

E apesar de se poder apregoar aos sete ventos que se faz esta Bunkai porque esta é a verdadeira interpretação, esta afirmação só pode ser verdadeira porque foi aquela que foi transmitida do indivíduo A para o B e provavelmente porque foi aquela a interpretação que o 1º Mestre achou mais indicado para o então aluno.

“Keep an open mind”

12 de out. de 2007

A comunidade não estava preparada ...

Bem,

Apesar de ter apanhado com a gripe dos Budistas, ainda estou aqui, não fui descontinuado.

E por falar em descontinuado, é com grande pesar que esta semana li que o eKarate foi encerrado. Realmente é uma pena, apesar de ter ouvido diversas versões, umas mais fidedignas do que outras, só chego a uma conclusão, o Karate ensina-nos tanta coisa, é pena não o aplicarmos no nosso dia-a-dia.

Pela primeira vez vou fazer um comentário aberto, sem sarcasmos (vou tentar) e muito directo, por uma questão de respeito não vou falar em nomes.

O grande problema do eKarate foi ter crescido de uma forma descontrolada e desmedida.

Uma pequena brincadeira transformou-se numa referência da comunidade karateka.

O grande problema da/s administradora/s ou colaboradora/s foi não terem a consciência no que se estavam a meter.

A comunidade não estava preparada para um trabalho como aquele.

Ainda não existe maturidade para se defender das questões e interrogações na 1ª pessoa.

Se estão em lugar de destaque na comunidade é porque estão e não admitem que alguém os questione.

Houve pessoas que tinham (e vão continuar a ter) uma necessidade de ver sangue, por isso utilizaram aquele espaço como (tentativa) de matadouro.

Por conseguinte ouve imensas pessoas que não aguentaram a pressão.

Para finalizar, o Blog está com muitas alterações, principalmente visuais, acho que estou no caminho correcto para crescer/evoluir.

O meu amigo Carlos está a tratar do meu site no qual o blog vai ser anexado. Vou criar uma secção com uns vídeos instrutivos, não é nada de oficial, apenas ideias para as pessoas trabalharem e para finalizar uma grande surpresa, mas essa provavelmente só será para o início de 2008, “çá vá”???

1 de out. de 2007

Toda gente ralha e ninguém tem razão”

Antes de mais, não se assustem se não virem o logo do Super-Karate, pois esta treta está a ser reformulada…


Realmente isto há dias…

Ia eu muito descansado fazer umas comprinhas ao “Continente” das artes marciais (leia-se Martial Artsport) quando me deparei com um elemento Federativo e um elemento insular…
Para finalizar à chegada a um dos Dojos mais uma vez dei de frente com um elemento do corpo de formadores da Federação Nacional. Enfim …

Esta semana para gáudio de muita alminha marcial, espalhada por esse país, vou fazer um pequeno comentário em relação ao panorama marcial e não só. Se quiserem fazer alguma reclamação, façam-na ao meu amigo Rui…

Bem, cá vamos nós…

Vamos começar,

“Em casa onde não há pão, toda gente ralha e ninguém tem razão”.

Neste momento, existem centenas de pessoas de dentes afiados, e garras apontadas para esta direcção, quadros técnicos, colaboradores e afins.
Toda gente vaticina uma curta durabilidade a esta direcção…
Toda a gente aponta o dedo, toda a gente fala mal.

Apesar de ser um gajo arrogante para quem não me conhece, um Pierrot para os meus amigos e um déspota para os demais, tenho a consciência que os resultados das minhas acções vão recair sobre mim.
Eu sou responsável pelos meus actos, como diz o outro…
“Ò xentí, mí dá pórrada qu`eu gostú.”

Por isso, uma opinião…
Deixem a rapaziada da rua do Cruzeiro trabalhar, a continuidade é positiva, não estejam a pensar tirá-los já de lá…
Não seria positivo para o Karate Nacional.
“Puseram-nos”, aturem-nos.

Apenas com o tempo se poderá dizer e analisar os resultados das suas acções.

Uma pequena lição de história (o King-Kong já deve estar a rir-se).

Bartolomeu Dias e Vasco da Gama foram senhores de grandes feitos durante os descobrimentos, mas nunca ninguém fala da forma como eles lidavam com a tripulação perante a desobediência e a recusa de seguirem em frente nas suas viagens.

Para finalizar, não estou a proteger ninguém, nem estou a atacar ninguém, estou apenas a falar…

Vamos ver o que isto vai dar.

Não façam agora é como o outro, que ficou todo ofendido porque interromperam a entrevista dele porque o Zé tinha acabado de chegar ao aeroporto.
Pois que amuou e foi-se embora dizendo que o pais está de loucos. O país não está de loucos, está cheio é de Zés e existem certas pessoas que ainda não reparam nisso. E ficam ofendidos quando aparece um Zé que triunfou.

O Karate precisa de pessoas que sirvam a comunidade e não de pessoas que se sirvam da comunidade.

Por isso meus Zés, apenas vos digo, vamos ver, vamos ver…

P.S. No Domingo, jantei com um director da FNK e hoje estive com o Sr. Presidente. Por este caminho mais dia, menos dia…

VI Helsinki Karate Open

No dia 19 de agosto fui ao “VI Helsinki Karate Open”, evento organizado pelo clube Seitokai e com o apoio da Federação Finlandesa. Segundo...