29 de out. de 2010

10 de out. de 2010

Há mestres e há Senseis

Como todos devem saber, o estilo que eu tento praticar é o Goju-Ryu. No entanto acho que os meus horizontes não se limitam apenas ao estilo de Karate que pratico. Como pessoa/praticante atento ao microcosmos que é o Karate, sigo diversos blogs.

Este Sr. não aparece muito na net, mas sempre que aparece, sempre que fala deixa a sua marca indelével, a frase que mais me fica na memória é:

“Há que ter o prazer de descobrir aquilo que não nos foi ensinado”.

Desta vez fez uma postagem no blog do meu grande amigo Sensei Jordão (Clique aqui), e deixo aqui transcrito o seu sábio comentário.

“Este vídeo mostra realmente a pedagogia de ensino que se utiliza no Japão. O Sensei Yano transmite-a de uma forma pura em parte devido á sua pouca experiência no ensino aos ocidentais. Os habituais senseis japoneses que nos visitam aprenderam a adaptar o ensino do Karate á mentalidade ocidental, cientes da ânsia, por parte do praticante ocidental de obter uma resposta imediata ás questões originadas pelo treino. Quem já experimentou o treino intensivo, em que a única explicação se obtêm através do silêncio, em cada repetição conduz o praticante a passar por situações sucedâneas de entusiasmo, cansaço, saturação, confronto pessoal, de duvida, de consciencialização, de esforço, de aperfeiçoamento da determinação pessoal e de aquisição de respostas que acabam por nunca serem definitivas, poderá entender o Dô do Karate. Poderemos resumir que o entendimento que advêm do treino repetitivo é devido principalmente á consequente introspecção.  
Quem teve ou tiver a oportunidade de treinar no Japão, poderá entender mais facilmente os objectivos deste treino do Sensei Yano nos Estados Unidos. Nele se se reflectem as 5 máximas que definem o karate como uma prática que se destina ao aperfeiçoamento do carácter através duma prática esforçada feita com sinceridade e respeito para com o próximo e para com si mesmo com o aperfeiçoamento do auto-controle.

Bem hajas Jordão com a tua constante preocupação na divulgação do Karate da nossa Escola.

Oss
Peté Pacheco”

Há pessoas com uma grande dimensão!

Oss Sensei!

6 de out. de 2010

Kata em competição

Durante o campeonato do Mudo de Karate Goju Ryu, organizado pela WGKF, viram-se inúmeras katas de diversas organizações de Goju.
Deu para ver as diferentes formas de executar a mesma Kata.

Como “fundamentalista” das Kata, acredito, reconheço e aceito que uma Kata possa ter diferentes “timings” e “tempo”, aceito que as técnicas possam fugir um pouco ao “standard técnico” efectuado por mim, o que importa é o tal dito de “Kihon”.

Um dos pontos-chave para a avaliação de uma Kata (critérios de decisão) é a forma correcta (Kihon) do estilo praticado, bem como o uso correcto da respiração como auxiliar do “Kime” (Kime é definido como, bom timing, ritmo, velocidade, equilíbrio e focos de potência).

O Kata não é uma dança ou uma performance teatral. Deve seguir os valores e princípios tradicionais. Deve ser realista em termos de combate e evidenciar concentração, poder e potencial impacto nas suas técnicas. Deve demonstrar força, poder e velocidade – assim como elegância, ritmo e equilíbrio.

Concluindo, uma Kata deve respeitar o desenho básico e os princípios de cada estilo.

O Goju como estilo, é caracterizado pelos movimentos circulares, respiração acentuada, alternância de movimentos rápidos e lentos e “Mushimi”.

Um dos grandes ERROS que vejo nos dias de hoje, é a “Shotokanização” do Kata, ao longo dos anos os competidores e os treinadores tem a tendência a transformar o Kata conforme as suas necessidades competitivas, na minha opinião não o devem fazer, pois se o fizerem podem e devem ser penalizados por não respeitar o Kihon do estilo.

Por exemplo:
Na Kata Seiyunchin, os gedan barai devem ser circulares e não rectilíneos.
Na Kata Seisan os pontapés iniciais são Kansetsu e o final é chudan.

Não faz sentido fazer pontapés a rondar o Jodan em Kata de Goju…

Alem disso, porque é que se passa o tempo a imitar o Shotokan e o Shito-Ryu?

Comecem a imitar a Wado-Ryu, que também é estilo de Karate.

Até lá…
Bless þangað til í næstu viku

5 de out. de 2010

Seminário e Campeonato do Mundo

O Fim-de-semana passado estive mais uma vez em Olhão para orientar um seminário de Kyusho, organizado pelo Mestre Filipe Leandro, “Study Group Leader” da Kyusho International.

Apesar do seminário ter sido agendado no início da época e a adesão não ter sido muita, efectuámos um trabalho de grande qualidade. Trabalhámos diversos “Drills” da Kyusho Internatonal que fazem parte do curriculum, situações de defesa pessoal e Bunkai… sim, claro.

Pela primeira vez demonstrei uma parte do trabalho que vou apresentar em Novembro na Alemanha e fiquei feliz porque o pessoal que o treinou achou muito interessante e gostou.

No Domingo, a sessão foi mais reservada, tendo sido dedicada apenas aos membros da Kyusho International.

Esta sessão foi um misto de aula avançada e certificação… estão todos de parabéns …

Em especial o Mestre Leandro que atingiu o 6º nível (takedowns).
A certificação foi filmada e depois de ser visionada pelo Mestre Pantazi, vai ser colocada aqui.

O Mestre Filipe Leandro tem vindo ao longo destes anos a evoluir bastante no seu estudo de Kyusho e tem atrás de si um pequeno grupo, mas bastante coeso e isso reflecte-se na sua evolução do estudo de Kyusho.

Do dia 30 de Setembro a 3 de Outubro realizou-se o campeonato do mundo de Goju Ryu, a organização esteve a cargo da Liga Portuguesa de Karate Goju Ryu. Estiveram presentes diversas “selecções”, uma delas foi a da GKI.

Depois de uma ligeira conversa com os Sensei Pete e Ashley, chegámos à questão…
É este Karate que queremos fazer?

Pessoalmente gostei, mas… continuo a ter algumas questões em relação às Kata.

A próxima postagem será colocada aqui na quinta-feira e o tema será as Kata competitivas.

A Kaizen vai organizar em breve um seminário.
Não fazia sentido nenhum, não divulgarmos esse seminário junto dos nossos parceiros, enfim… Quem perceber a mensagem percebeu, quem não percebeu, tivesse percebido.

Até lá….
Sayonara, good bye Maria Ivone… e Viva a República...

VI Helsinki Karate Open

No dia 19 de agosto fui ao “VI Helsinki Karate Open”, evento organizado pelo clube Seitokai e com o apoio da Federação Finlandesa. Segundo...