25 de set. de 2013

Tudo o que tenho a dizer sobre isto (.)

Ao longo destes anos, tenho tido a oportunidade de me relacionar com diversas pessoas ligadas ao "Meio Marcial" Lusitano, algumas ficam na minha consideração, e outras... também.

Acho engraçado certas personagens deste meio... na gíria das revistas vip serão chamados de "wanna be" em português "uanabi".


Acho piada a certas pessoas quando me dizem que eu é que sou o mestre deles, quando na realidade apenas treinaram meia dúzia de vezes comigo e fizeram um ou outro seminário.
Também acho graça a outras personagens que fazem questão de dizer que são meus colegas  que se sentam à mesma mesa que eu.

Acho mesmo giro quando certas pessoas se querem convencer (ou querem convencer os outros) que as pessoas que os rodeiam são pioneiras naquilo que fazem.

Acho pitoresco aquelas pessoas que criam "estilos" sem ter o mínimo de conhecimento daquilo que fazem...

Como vêem, a minha vida é caricata, mais, a minha vida é uma anedota.


Vamos lá desmistificar a coisa...
Da grande parte das pessoas que me conhece, quem é que sabe quem é o Gonçalo? E o David? E o Paulo?

Pois, apenas os que me são mais juntos, conhecem e sabem quem é o Gonçalo, o David, ou o Paulo.


Qualquer um deles tem treinado comigo no mínimo há dez anos (alguns com interrupções).
Um deles atura-me à vinte anos seguidos... Sim vinte anos.

Quando muitos "uanabi" ainda andavam a jogar a sei lá o quê e não sabiam o que era treino de artes marciais, já havia pessoal que treinava comigo há mais de quinze anos.
A esses, nunca ninguém os ouviu a dizer e acima de tudo a pregar que foram/são meus alunos e tudo o que sabem foi graças a mim e que só são o que são hoje graças a mim.

Também acho piada a certas pessoas que antes de me conhecerem não sabiam nada e agora são pioneiros naquilo que fazem, sim porque antigamente já faziam pesquisas ...
Vamos lá esclarecer algumas coisas...

"First of all"
Eu sou um gajo retrógrado, ainda penso à moda antiga. O aluno só é considerado aluno, quando o mestre assim o acha.


"Second"
Se só os mestres é que reconhecem os alunos e como eu não me considero mestre, logo ....


"Third"
Só ao final de ALGUNS anos de treino constante com uma pessoa é que se pode considerar que existe uma relação de Mestre-Aluno.


"And finnaly the last but not the least"
Já diz a máxima, sabes tudo o que te ensinei, mas não sabes tudo o que eu sei.

Perante estes factos, lá no fundo, eu não me importo de ser tratado por "mister do karate", ou mesmo por "coach" (kroma, nem um comentário em relação a esta denominação).


Por isso, antes de começarem a dizer que são meus alunos ou colegas (na gíria do meu local de trabalho, costuma-se dizer que, colegas são as ?¥t@$), pensem bem no que vão dizer e vejam lá se estamos sintonizados.


Diz a expressão: "When money talk bulshit walk"

Concordo plenamente mas no entanto, o dinheiro não compra tudo.
A técnica, a integridade, o reconhecimento da comunidade. Podia entrar por outros campos, mas não interessa.
O meu cinto preto foi comprado por mim, é meu. Os cintos pretos dos meus alunos, já foram meus, tenho por hábito oferecer o meu (actual) cinto preto ao aluno que naquele momento alcançou a graduação de cinto negro.
No fundo, o que desejo é que a partir daquele momento, aquela graduação (cinto negro, por norma primeiro dan) seja inspiradora.

Que aquilo que ELE alcançou com MUITO CUSTO E TRABALHO, foi fruto do NOSSO trabalho.
Empenho, esforço e dedicação.

Claro que o aluno pode e deve comprar outros cintos no futuro, e esses cintos são dele... Foi ele que o comprou. Podemos/devemos comprar o cinto, para não parecermos mendigos de cinto desfiado.
Mas o cinto tem o valor que tem e como diria o Forrest Gump:
"E é tudo o que tenho a dizer sobre isso."

(Ponto final)

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