31 de mai. de 2011

Karate escolar

Falava eu na semana passada sobre o Karate como desporto escolar e o seu enquadramento escolar, professores, etc.

Falando curto e duro … treinadores, instrutores, mestres, sensei, shian e tudo o mais, esqueçam o desporto escolar. Não têm a menor hipótese, não vão conseguir competir contra uma classe que está “à rasca”.

O melhor que se pode conseguir é dar umas aulas nas AEC`s.

Se não existirem professores interessados em utilizar os pavilhões…

Pois se eles acharem que conseguem ganhar mais uns “créditos”, dando mais uma ou duas horas na escola, os coordenadores responsáveis pelos pavilhões, de certeza que vão que lhes vão dar prioridade...

Dizia um colega meu de profissão, que está ligado àquilo dos desportos de combate, há que olhar para o que o sistema de ensino tem para oferecer e colmatar essas faltas, com a introdução da vossa modalidade nos sistemas de ensino (escolas).

Voltando uns dias atrás…

O método apresentado pelo Prof. Pierluigi é interessante, acho notável a metodologia, a visão e a estratégia, mas temos de “reter” alguns pontos interessantes.

A realidade da FILJKAM (Federação Italiana) não é a mesma que a nossa.

A realidade da política não é a mesma, eles tem apenas uma tutela, nós temos a confusão do ministério da educação que é responsável pelo desporto escolar, temos a secretaria de estado da juventude e do desporto que é responsável pelo desporto nacional.

Das primeiras coisas que me chamaram à atenção foi o facto de que em Itália, este modelo é praticado em clubes com tatami e isso não é possível em Portugal

O modelo de ensino que nos é apresentado, é um modelo onde as crianças fazem “um karate que não é o objectivo, mas sim o meio”, há que pensar e reflectir nesta frase.

Devemos aproveitar este modelo (e outros) para desenvolver o nosso próprio modelo, sem receios.

Não duvidemos que temos excelentes “profissionais” que podem agarrar o Karate infantil e desenvolve-lo de uma forma nunca antes visto (se calhar melhor que os Franceses ou mesmo Italianos).

Perante estes factos, cabe-nos a nós, agentes de ensino, colocar os pezinhos na terra e começar a pensar (objectivar, planear, trabalhar) no que queremos e no que nos é permitido fazer, qual é a nossa margem de manobra…

O acima mencionado, leva-nos inevitavelmente a ter de falar em associações e como geralmente sou apontado por ser “desagradável” quando falo de alguma coisa em específico, lá terei de escrever.

Mas isso terá de ser para a próxima semana. Vou colocar umas ideias sobre a Federação, as associações, a associação de treinadores e por fim uma reflexão final.

Até lá…

Até já!

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No dia 19 de agosto fui ao “VI Helsinki Karate Open”, evento organizado pelo clube Seitokai e com o apoio da Federação Finlandesa. Segundo...