14 de abr. de 2010

Discutir o quêeee???

Esta semana "discutia" com um colega marcial sobre um determinado assunto e cheguei à conclusão de que não havia discussão possível....

Por exemplo, a Kaizen tem um grupo de Fans no Facebook e foi lá colocada uma questão para ser debatida.

A maior parte das pessoas deu uma opinião muito curta ou então deixou um "testamento".

Tenho por costume dar uma vista de olhos em certos Fóruns, redes sociais e outras e uma das coisas que me apercebo, é o facto de grande parte das pessoas não sabe discutir.

A maior parte das pessoas escreve/fala como se estivessem a vender o seu peixe.

Não creio que essas pessoas queiram parecer e demonstrar uma certa superiorioridade sobre os outros (alguns querem), no entanto e muito inconscientemente, estão a calar os outros e não estão a incentivar a dita discussão.

Muitas vezes, as pessoas podem não ter o dom da fala ou da escrita e no entanto podem ter ideias muito boas.

Ideias estas e conceitos que podem ser aproveitadas e desenvolvidas.

Esta é uma história que foi presenciada por mim e por outros Tugas em Madrid.

Estávamos numa conversa qualquer durante um seminário com o Mestre Pantazi, mesmo no final.

Uma das sessões foi dedicada ao tal "breakdown" (bunkai) de diversas Katas.

Perante uma plataforma de ilustres instrutores, o Mestre ia dando ideias sobre aplicações de diversos movimentos e sequencias.

Eis que no meio da sessão, alguém pergunta qual a opinião do Mestre sobre um determinado movimento de uma determinada Kata.

Antes do Mestre poder responder, eis que rompe um instrutor "nuestro hermano" e diz:

O movimento significa isto (ponto).

Foi dito de uma forma, que se alguém contrariasse o senhor, ia haver "confusão".

Perante isto, o Mestre Pantazi disse:

É isso mesmo... Tem toda a razão (ponto).

Perante isto, o Senhor ficou todo contente, com o peito cheio de ar e o ego em alta. De seguida, o Evan Pantazi perguntou com o olhar fixo neste senhor...

Mais alguma questão em que vos possa ajudar?

E ninguém respondeu, ficou um clima de desconforto criado pelo tal sr. que mais ninguém quis perguntar nada.

E prontos...

Lá voltámos ao hotel e mais tarde voltámos a casa...

Mais pobres, pois podíamos ter continuado o tempo que fosse preciso com o Mestre.

Para mim, esta foi uma grande lição, que aprendi com um Grande Mestre.

Se as pessoas estão convictas naquilo que dizem/sabem, não adianta esgrimir...

Pois não se vai chegar lado algum...

Nesta vida, não existem "eleições" nem eleitorado...

Fazemos aquilo em que “estamos” convictos que…

Há coisas que não vale a pena discutir (ponto).

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