Para alguns investigadores marciais, Kushanku foi o “pai” do hikite.
Segundo as “notas de Oshima”, utilizava um particular método de ataque, com uma mão controlava os adversários e com a outra executava batimentos.
Existem diversas teorias em relação a este método de ataque:
1ª – Durante o “stress” do combate corpo-a-corpo existe a necessidade de controlar a cabeça do adversário e se conseguirmos localizar a cabeça do adversário, os atemis serão mais acertivos.
2ª – A mão que não ataca, desobstrui quais quer obstáculos (braços, pernas, mãos, …) que se encontrem à frente dos “alvos” a atingir.
Há quem defenda que o mestre Kushanku era bastante versado em luta corpo-a-corpo, por isso não se a exclui que muitas técnicas da Kata, sejam projecções e estrangulamentos.
A titulo pessoal, se para alguns, o mestre Kushanku foi o “pai” do hikite e tendo em conta que, segundo algumas teorias, ele trabalhava bem a curta distância, o hikite passava a ter uma outra dimensão, não servia apenas para “armar” um ataque, mas sim para puxar algo.
Recordo-me de um treino de luta Chinesa que fiz com o mestre Pedro Rodrigues (YMAA). Num dos exercícios que treinámos, com o cinto ele socava com uma mão e com a outra fazia um “hikite”. O objectivo era gerar o máximo de potência com os dois movimentos antagónicos. No final o que se estava a treinar era uma iniciação a uma projecção tipo “uchi-mata”.
A Kata Kushanku é uma Kata bastante longa e era uma das preferidas do mestre Funakoshi. Durante a introdução do Karate na ilha principal do Japão, o Mestre alterou alguns nomes de Kata e esta foi uma delas, mudou o nome para Kanku Dai, Kanku significa “olhar o céu”.
Neste momento estou a trabalhar umas sequências desta Kata. É uma excelente forma de trabalhar Kihon e “sair” um pouco do trabalho de base da técnica de Goju.
A titulo informativo, estive no Cacém no dia 3 de Abril pelas 20H00 na escola Gama Barros a convite do Mestre João Gonçalves, abordámos a “Bunkai” desta Kata, pelo menos 2 ou 3 movimentos.
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