Cá estou eu mais uma vez….
Muito trabalho, algum treino
pessoal e a dar muito treino …
Depois das viagens a Itália e
França, foram as vezes de ir a Gaia, Cascais, Lisboa e já tenho mais treinos e
seminários agendados. Este ano se calhar vou arrancar com um grande projecto …
Não sei, logo se vê.
A propósito desse grande projecto
…
A técnica e a sua evolução são o
resultado de um método “desenhado”por instrutores antes de nós, aqueles a quem
chamamos Mestres.
Um dos grandes problemas do dia
de hoje tem a ver com o chamado “turismo marcial”, onde as pessoas passeiam de
estágio em estágio com a intenção de apanhar algumas técnicas, para as inserirem
no seu arsenal técnico.
Aqui é que reside a diferença
entre técnica e truques.
Como dizia o GM Ed Parker (Kempo
Americano), “Monkey see monkey do”, grande parte dos praticantes, digo
praticantes, porque estou a incluir alguns colegas “treinadores”, não conseguem
diferenciar o truque da técnica.
Quando vamos a um estágio ou
seminário, vamos ver técnicas, vamos aprender novas sequências, ou mesmo
conceitos. Quando regressamos aos nossos locais de prática, vamos praticar
essas mesmas técnicas, inconscientemente estamos a fazer truques.
Porquê?
Porque não aperfeiçoámos ou
aprofundámos essas mesmas técnicas, é simples, não?
Por exemplo…
Se formos a restaurante e
comermos como uns javardolas o que poderá acontecer é não termos capacidade
para fazer a digestão. Resultado, ou temos uma diarreia ou vomitamos.
Com as artes é a mesma coisa, ao
comermos (ver, praticar) temos de digerir (treinar) os alimentos (informação/técnica),
com calma ou então temos uma paragem de digestão.
Agora temos a explicação para
tanta paragem de digestão nas artes marcias.
Sempre a aprender.