Este fim-de-semana foi realmente calmo, para variar, no entanto não deixou de ser interessante…
Para começar e seguindo a lógica de “first things first”…
A convite de um amigo, fui dar um treino de Kyusho ao seu local de treino, fica desde já o meu muito obrigado.
Ao entrar na sala reparei no humilde “altar” que se encontrava na parte lateral/frontal da sala e como “gajo” curioso, fui lá dar uma vista de olhos. Encontravam-se a foto do mestre fundador e mais duas fotos de dois senhores, um deles aparentava ser Italiano (os nomes constavam por baixo das respetivas fotos) e outro era definitivamente “Tuga”, dentro da minha ingenuidade (ou se calhar não) achei que eram os mestres do instrutor que dava aulas naquele local.
Quando iniciava o treino reparei na entrada de um senhor que não me era estranho, para meu grande espanto, era um dos senhores que constava na fotografia do pequeno e humilde altar. De início fiquei entusiasmado porque pensei que um dos falecidos mestres ancestrais se tinha erguido do túmulo para vir treinar comigo, é sempre de um “gajo” ficar contente, não é???
Mas triste realidade, o senhor estava bem vivo, respirava vida e parecia que aureolava uma luz imensa devido ao seu conhecimento nessa nobre arte.
Podia alargar-me com mais observações, mas como não tenho tempo nem espaço (uma folha de A4 é o limite para estas postagens) fico-me por aqui.
Ego… ààà!!!! Cum raio!!!!
Essa coisa maldita que todos temos e muitos não o conseguem controlar.
Geralmente as fotos no “altar”, são dos que já partiram, por isso não faz sentido colocar as imagens dos que estão vivos. Além de que é de mau tom e falta de ética colocar a “nossa” foto na frente do local de prática.
Realmente as pessoas não percebem …
No “oriente” os instrutores ficam contentes e orgulhosos quando os seus alunos os ultrapassam em técnica e conhecimento. Não será esse o objetivo do instrutor?
Muitos dos “nossos” instrutores só pensam em promover a sua imagem (se calhar não tem inteligência para ver, que no fundo estão a prejudicar a imagem da sua prática).
A única coisa que pensam é em ter a sua imagem e vender a sua imagem, para no fundo alimentar o seu ego.
Enfim… é o Portugal que nós temos, são os portugueses que nós temos.
Como diz o “povão”:
A fama longe soa. E mais depressa a má que a boa.