28 de set. de 2009

Falar por falar

Ainda há pouco tempo e em conversa com amigos, veio a lume a forma como certas pessoas falam umas das outras.

Muitas vezes são questionadas as capacidades técnicas, inter-pessoais, gestão... Vou contar-vos um segredo…

Estou a borrifar-me para essas conversas, não quero saber, não me afecta.

O Sol não se deixa de levantar por causa disso, cada um sabe de si e Deus sabe de todos.

Porque é que me havia de preocupar?

Na minha actual forma de estar, quando oiço as pessoas a queixarem-se de algo fico triste por elas.

Por norma, as pessoas que se queixam, são pessoas que querem que as coisas sejam feitas à maneira delas.

Por isso e vistas as coisas de uma perspectiva pouco comum, seria preocupante ouvir…

- As consequências destas acções...
- Estas vão ser as vantagens em fazer as coisas desta maneira…
- Estamos a fazer isto....

Se não ouvirmos as opiniões e as razões para fazermos as coisas de forma diferente, o que estamos a ouvir é uma forma de frustração de alguém que tem a necessidade de fazer as coisas à sua maneira.

O fim-de-semana passado falava com o Mestre Pantazi em relação aos tipos de agentes de ensino.

Uma das questões que ele me colocou foi esta:
Se as pessoas não têm alunos ou não são seguidos, porque é que insistem em se intitularem como "Mestres"?

A palavra "Mestre" neste sentido, não é dada com a intenção de definir a mestria de um indivíduo em determinada matéria, mas sim com a nobre intenção de se definir como "Líder" de um grupo.

A resposta provavelmente será "Ego", no entanto, eu sou das pessoas mais suspeitas para falar nisso, pois o meu é bem grande e por vezes tenho grandes dificuldades em o controlar. Por isso disse ao Mestre que ia reflectir e depois dava-lhe a resposta.

Como diz o Ricardo Gama...
"Mestre?
hum,hum..."

Se não apresentamos "uma" solução, fazemos parte do problema.

Interessante? Não?

Já agora?
E se os problemas nos perseguem?
Será "Impulse"?

17 de set. de 2009

ARTES MARCIAS .PT

A criação da nova lei de base do desporto onde se prevê não só a a prática desportiva, mas tambem a prática fisica (pode-se enquadrar as Artes Marciais, Desportos de Combate e Sistemas de Defesa Pessoal neste grupo) vem lançar um tema polémico em relação a esta área, onde se vão enquadrar todas estas modalidades? Será que se vai cair numa fase obscura de prática, semelhante ao tempo do Estado Novo? Onde os Mestres dos nossos instrutores treinavam e ensinavam às escondidas?

Muita gente vê o novo diploma como um bicho papão, onde apenas os licenciados em ciencias do desporto estão autorizados a exercer as funções de ensino neste tipo de modalidade. Para muitos isto é uma vitória, para outros uma desilusão.

Todos nós conhecemos pessoas que se formaram em desporto, algumas dessas pessoas limitaram-se a estudar o essencial. Depois, temos os agentes de ensino das diversas modalidades marciais, alguns deles com mais de 30 anos na área de ensino, e que continuam a pesquisar e a estudar.

E agora?? O que vai ser feito de todas essas pessoas?

Na minha opinião, este é o grande desafio dos praticantes marciais do Sec XXI, a luta pela sua sobrevivência, legal, e condigna, sem receios de ser diferente. Pode parecer um clichet utilizado de uma forma simplicista mas creio que é tempo para se dizer, somos diferentes, mas somos iguais.

A minha (não) vasta experiência marcial, fez-me cruzar com diversos artistas, praticantes e apaixonados das marcialidades, apesar de se encontrarem enquadrados legalmente debaixo de Federações e Associações reconhecidas pelo estado Português, neste momento estão a braços com um grande problema, perante o mesmo Estado, não tem expressão em termos de praticantes para serem reconhecidos como Utilidade Pública Desportiva, o que os empurra (grande parte)para o ilegal, pois deixam de ter enquadramento legal.

Uma das máximas ensinadas neste tipo de modalidade, é a tolerância, aquela que muitas vezes nos falta quando falamos do Instrutor "diferente" que ensina aquela "coisa" diferente da que fazemos, ou mesmo do Instrutor que decidiu abandonar a organização ou mesmo o estilo, para seguir o seu próprio caminho, alguns estão a pensar na Graduação, Nivel ou mesmo Status, não será isso tambem a escolha de um caminho? Cada um sabe de si e Deus sabe de todos, as acções ficam para quem as comete.

Uma das minhas interrogações vão para modalidades "menores" (em número de praticantes) como o Farang Mu Sul que vai ser colocada no mesmo patamar que o Kempo, que apesar de ter (relativamente) muitos praticantes não consegue o estatuto de Utilidade Publica.



E o Hapkido? Que apesar de ter ligações ao "Monstro" do Taekwondo não irá conseguir o estatuto (??).

Perdoem-me o egoismo, e o meu Kyusho (Pontos de pressão)? Que é praticado (directamente e indirectamente) por grande parte das modalidades, e o Kobudo de Okinawa?

Creio que está na altura das modalidades se unirem e criarem uma organização independente onde se possa agregar todas as modalidades, sem complexos de diferenças e estatutos.
Uma união destas só traria dignidade e projecção ás modalidades em Portugal, provavelmente tornar-se-ia na mais forte organização Portuguesa.

Mas para tudo isto poder acontecer, teriamos de esquecer o passado, para partirmos para o futuro. Será que temos maturidade para isso?

Ou vamos correr o risco de deixarmos cair por terra o que nos ensinaram e transmitiram?

15 de set. de 2009

INICIO 2009/10

Depois de umas férias merecidas, eis que cá estou para mais uma temporada.

Este ano vai ficar conhecido como o quente ano de 2009.

Depois de uma assembleia-geral federativa quente, foi convocada uma outra "mais morna".

Foi o ano em que se formou uma nova associação, a KKP-Kaizen Karate Portugal, uma associação com 12 instrutores e uma porrada de centros de prática, como podem calcular, isto ainda dá trabalho.

Espero que os espaços sejam respeitados e que não se ande pelos cantos das casas alheias a falar mal do passado.

Kaizen significa melhoramento contínuo, o passado ficou para trás, o respeito pelo Sensei Álvaro mantém-se, e o compromisso de trabalho conjunto.

Boa sorte para todos nesta nova jornada.


Quanto ao Kyusho, esperam-se mexidas na estrutura internacional e espero que os Portugueses estejam à altura da reestruturação, para o bem de todos nós.

Nas Artes Marciais quando se assume uma posição ou um cargo, o que advém dessa função são mais os deveres do que os direitos.

Temos o direito a ter formação adequada para podermos transmitir correctamente aos que treinam e os que treinam tem o dever de se aplicar.

É simples.

Não é correcto ambicionar uma posição para simplesmente "aparecer".

Estamos a tentar agendar mais um Portugal BudoSai, vamos ter novos instrutores, novas Kata e mais e mais.

Espera-se um final de ano intenso.

Quinta-feira faço mais uma postagem, com as novidades do seminário na Alemanha entretanto vão acompanhando as coisas no twitter/super_karate (aqui mesmo ao lado).

VI Helsinki Karate Open

No dia 19 de agosto fui ao “VI Helsinki Karate Open”, evento organizado pelo clube Seitokai e com o apoio da Federação Finlandesa. Segundo...