26 de jun. de 2007

Campeonato Nacional AKDK

Este fim-de-semana foi dedicado a duas actividades importantes:
No Sábado foi dia de Campeonato Nacional da AKDK;
No Domingo foi a festa de final de ano da minha filhota.

Comecemos por Domingo, depois de uma viagem de 1 hora e tal para a quinta “Cantar de Galo” e de um dia bem passado a passear, a fazer slide, a caçar tesouros, a comer todo o tipo de porcarias que calham à frente, não há nada melhor do que regressar a casa. Certo?
Certo…
No entanto, se o carro simplesmente parar sem razão aparente, o que fazer? Alguns de vocês vão responder, liga para a Marta, pronto, tudo bem, mas, e se o táxi demora 2 horas para chegar? E depois se alguém chega à conclusão que o táxi não pode levar 3 adultos e 2 crianças? Qual é a resposta? Ir com o amigo da Marta, no reboque, que por acaso é Bosniáco e não fala puto de Tuga. Moral da história: aqui o “Je” vai andar uns dias de Jaguar.
No entanto não comecem a pensar que tenho uma associação ou que ando a fazer uns biscates na estrada, entenda-se “Stops” e não outras interpretações de cariz sexual.

No dia anterior, tinham respondido ao apelo de diversos instrutores, cerca de 250 atletas membros da AKDK, para a participação no 1º Campeonato Nacional da AKDK.
O que há para dizer de um campeonato onde o nível técnico em geral foi muito acima da média?
Nada.

Apesar de estar envolvido na direcção da prova e provavelmente ter sido a cara da organização, existe uma pessoa que esteve por trás disto tudo, o Sensei Álvaro Silva. A aquisição dos prémios, a realização do sorteio, a escolha do lugar, e tudo e tudo, foi da autoria dele, por isso se não gostaram das medalhas e das taças, a culpa foi dele.

Apesar de ter sido uma maratona em termos de prova, todos os atletas aguentaram estoicamente até ao final, proporcionando a todos os presentes excelentes demonstrações de Kata e excelentes combates.

Em termos de arbitragem creio que o balanço foi bastante positivo. Muitos dos cintos negros presentes não têm cursos de arbitragem (estamos a tentar providenciar os mesmos), no entanto devido à experiência acumulada nestes anos de prática, não deixaram nada a desejar nesta matéria.

De salientar a ajuda de familiares de atletas nas mesas. Foram uma peça fundamental para o bom andamento da prova. O meu muito obrigado.

Esta prova apenas veio dar mais alento às minhas convicções quando tomei uma posição: o engrandecimento técnico do meu Karate, os excelentes momentos passados junto dos meus companheiros instrutores e o poder proporcionar aos meus alunos boas experiências desportivas.

Em termos pessoais, digamos que o Campeonato não me correu mal.
A Inês foi campeã Nacional AKDK de Kata, a Rita foi campeã em Kumite. O David ficou em 3º lugar em Kumite e o Gonçalo ficou em 3º lugar (a ver comboios a passar em Campolide).
Deu para ver que afinal o Kyusho resulta, que o diga o Daniel, porque quando estamos com dificuldades em resfolegar, não há nada melhor que um empurrão em SP21.
Creio que estou no caminho correcto…
No dia 30 de Junho vai realizar-se um encontro de Kyusho, das 17.30 às 20.00 nas instalações do Clube Atlético de Queluz.

Das 20.00 às 20.30, a sessão será apenas para membros da Kyusho Internacional.

19 de jun. de 2007

Seminário "O estudo da Kata"

Ora, ora…
Este sábado lá fui a um estágio de Kata em São Domingos de Rana, as coisas estavam todas programadas para correr bem.


Bem, para começar, o treino era naquele pavilhão em São Domingos de Rana, que afinal não é em São Domingos de Rana, mas sim em Tires.

Depois, afinal o treino não era só do estilo supremo mas também dos outros estilos menores, ter que levar com, carecas, velhos, gajos de espada, tipos que já não via há anos e pior, indivíduos com mau feitio, é obra.

O treino começou com o estilo supremo, pronto a Kata era a Seisan, uma das minhas Katas preferidas. Até aqui tudo bem, mas o senhor que deu o treino tem mau feitio, apesar de perceber daquilo que faz, tem mau feitio.

Depois lá veio o Shotokan, é pá, porque é que para onde nos viramos aparecem sempre estes tipos?
Pronto o senhor que deu o treino até parecia que sabia o que fazia e dizia, mas era de Shotokan…

Depois veio o outro de Katana na mão. Pelo amor de Deus, Karate e Katanas?
Depois pede para ser empurrado. Que embuste, ele enganou toda a gente, ele não faz Kata Shitei. Como é que ele pode dizer que percebe de Karate?

À hora de almoço tive de comer com eles, não têm conversa nenhuma. Ainda por cima tenho de lhes explicar a verdadeira história de Portugal. Pelo amor de Deus, toda a gente sabe a história.

Da parte da tarde lá fomos treinar novamente. Aqui é que eu tinha uma certa curiosidade, porque em 1990 em Lagos um gajo deu-me 2 mawashis nas costas e um na cabeça e eu fiquei com um rancor que me havia de … não é que eu seja vingativo, mas o tempo o dirá… desta vez escapou, para a próxima logo se vê.

Para finalizar, lá veio um velho rasteirinho. Bolas, agora é que vou ter mesmo que levar com a história da sumidade e ainda vou ter que pagar um ouriço e um café ao Homem.

Brincadeiras à parte, 5 senhores do Karate Nacional, os Mestres Carlos Pereira (6º Dan Shito-Ryu), Álvaro Silva (5º Dan Goju-Ryu), Jorge Rosa (5º Dan Wado-Ryu) e João M. Pinto (5º Dan Shotokan), proporcionaram a todos os presente no seminário “O estudo da Kata – Seisan, Seichan Hangetsu” um excelente presente de mestria, conhecimento e dedicação, demonstrando que o Karate em Portugal tem excelentes instrutores, com um conhecimento muito acima da média.

Durante este encontro fomos brindados com a presença de Jorge Peixeiro, hexacampeão Nacional de Kata. Pronto, confesso, tenho bastante admiração por este atleta, sempre tive um imenso prazer em vê-lo a fazer Kata.

Foi um dia espectacular deu para rever amigos, conversar e treinar. São eventos destes que devemos tentar promover para uma melhor relação inter estilos.

Enquanto se desenrolava este seminário, estavam a ser realizadas as eleições da FNK-P, de um lado concorria João Salgado, do outro Nuno Cardeira.

Creio que uma lista conjunta seria a atitude mais correcta para pessoas que desejam o melhor para o Karate Nacional. No entanto optou-se por concorrer com duas listas distintas, tendo ambas as partes excelentes elementos do Karate Nacional.
Apesar de ter sido “pressionado” a assistir às votações, optei por não ir por diversas razões e o pretexto de treinar era excelente.
Por um lado considero que o João Salgado merece ser o futuro presidente da FNK-P, sendo o culminar de uma vida dedicada ao Karate Nacional.
Por outro lado estava o Nuno Cardeira, uma figura que se tem vindo a afirmar no plano Nacional, que tem vindo a fazer um excelente trabalho.
De um lado tinha o meu amigo Leonardo David do outro tinha o César Silva.
Segundo as noticias, o João Salgado acabou por ganhar por 1600 votos. Desejo-lhe as melhores felicidades, quanto ao Nuno Cardeira, é bom saber que as novas gerações se estão a afirmar e estão a dar luta.

Para finalizar,
No dia 30 de Junho vai se realizar um estágio de Shotokan em Leiria, o anfitrião é o meu grande amigo Sensei Jordão e os instrutores são nada mais, nada menos do que Sensei Peté, Sensei Pula e Sensei Crespo. Com instrutores destes, o sucesso deste evento é garantido, eu só não vou estar presente porque vou realizar um encontro de Kyusho nesse mesmo dia.

Isto é o princípio do fim, eu a anunciar estágios de Shotokan…
Mais dia, menos dia, ainda me apanham a ver o Torneio Internacional da Amadora.

4 de jun. de 2007

Conflito de gerações

Este fim-de-semana foi aproveitado para estar com a família e fazer um balanço de tudo o que foi aprendido no último fim-de-semana.

Durante a semana estava eu a tomar um café com um amigo ao final da tarde, a fazer uma análise daquilo que foi ensinado durante o seminário do mestre Pantazi e eis que surge esta conclusão. Nós karatekas estamos a anos luz destes gajos do Kempo.

Durante o seminário falava eu com o Sensei Álvaro Silva (o do mau feitio) e chegámos à conclusão que em termos de execução de sequências técnicas nós karatekas estamos muito aquém da rapaziada do Kempo.

Por muito que me custe, tenho que dar razão a estes dois instrutores nestas afirmações.

Enquanto grande parte das artes marciais procura evoluir para um estadio mais elevado, nós karatekas tentamos resistir aos ventos da mudança, ao aprofundamento daquilo que fazemos, afirmando que a tradição só se mantém desta forma.

Claro que existem aqueles que dizem que o aspecto desportivo no Karate é sinal de mudança. Eu acredito que é um sinal de mudança, será no entanto uma mudança benéfica para a arte marcial em si?

Uma das coisas que eu mais admiro no Kempo é que apesar de terem as suas actividades desportivas, nunca deixaram essas mesmas actividades influenciar a sua visão de arte marcial, uma arte basicamente orientada para o aspecto da defesa pessoal.

A um mestre de Okinawa (Yabu Kentsu) quando visitava o Hawai foi lhe perguntado o que achava do Ju-Jutsu, ao qual respondeu que era apenas 10% do Karate.

Não sei bem qual era a sua intenção com esta afirmação, mas será que ele queria dizer que o Karate era uma arte muito completa?

Não existem dúvidas em relação à competência deste mestre contemporâneo. Ele foi um dos principais impulsionadores do Karate de Okinawa, acho que pelas mãos dele passaram Mestres como Mabuni e Funakoshi.

Será que chegámos à meta final do Karate?
Será que não existe mais nada para alem do túnel?

Eu não acredito, o fim-de-semana passado tive a prova que existe luz ao fundo do túnel, infelizmente teve que ser um “gajo” do Kempo a mo demonstrar.

Certamente vivemos uma nova era do Karate, no entanto o desporto é limitativo à arte marcial.
Apesar do meu discurso ser um pouco “esotérico”, aqueles que me conhecem sabem que sou uma pessoa que acredita no aspecto puro e duro do Karate (para mal dos meus pecados), apesar de advogar que os Katas estão a ser mal interpretados e coiso e tal… não sou o tipo de crente que acha que se for para a montanha virá de lá iluminado como uma luminária.

Se calhar estou no meio de um conflito de gerações, se por um lado percebo e apoio a actividade desportiva, por outro, creio que existe muita coisa que não foi espressa e que provavelmente irá passar despercebida a grande parte das gerações futuras.

Mais uma vez no meio… (das gerações).

VI Helsinki Karate Open

No dia 19 de agosto fui ao “VI Helsinki Karate Open”, evento organizado pelo clube Seitokai e com o apoio da Federação Finlandesa. Segundo...